Antes de iniciar este texto, vamos falar primeiramente de uma característica humana: a paciência, algo de extrema importância na hora de se falar a respeito de cães estressados ou traumatizados. Afinal de contas, a culpa de estar traumatizado devido às condições de vida que lhe foram dadas, não é dele. E quando você está com um cão que possui este tipo de trauma psicológico, realizar a ressocialização, com muito amor, carinho e paciência, como dito acima, é uma responsabilidade do seu dono! Tanto moral, quanto se tratando pelo amor aos animais também.
O segundo passo antes de tratarmos desse assunto é, junto com a paciência, não culpar o seu cãozinho pela sua condição. Aqui, a vítima é ele, quem precisa de ajuda é ele e você não pode colocar ainda mais trauma na cabeça de um bichinho que, além de não merecer ser tratado de forma desonrosa, não entende porque está agindo desta maneira. Lembre que ele é um pequeno animal e precisa de muito cuidado. Às vezes o cão acabou de sofrer alguma péssima experiência e, aquela aparência raivosa, não é a dele, é apenas a aparência do medo.
Como se comporta o cão com medo.
O cão produz diversos sinais para mostrar ao dono que está passando por um momento de alto estresse, alguns deles são os sinais do medo: uma resposta direta, autônoma, que é disparada involuntariamente. Conheça alguns:
- Tremores
- Encolhimento da calda
- Perda de energia
- Desmaios e/ou convulsões
- Diarréia e ou incontinência urinária.
Entre outros comportamentos que não são comuns ao que você está acostumado com o seu cão.
Além disso, situações de pânico podem trazer ao bichinho um comportamento autodestrutivo, como por exemplo, o de roer as próprias patas. Afinal, quando estão com medo eles não sabem o que fazer, mas sabem que precisam sentir algo além daquilo, nem que seja a dor.
Algumas formas para acalmá-lo
Procure afastá-lo da fonte desse medo ou desta ansiedade extrema e, se possível pegue-o no colo, abrace-o, faça muito carinho e tente distraí-lo com um brinquedo.
Nestes momentos toda a segurança que o dono, seu grande ídolo e amor incondicional, pode ajudar a acalmá-lo e a trazer mais conforto ao seu coração.
Mas caso sejam detectados sinais mais graves como alguns dos listados acima, você deve encaminhar seu bichinho diretamente para o veterinário para que um medicamento ansiolítico seja prescrito.
Como realizar a ressocialização do seu cão
Cada cão, assim, como cada humano, possui uma personalidade e uma necessidade emocional única, ou seja, elas podem variar enormemente de cão para cão assim, como de pessoa para pessoa. Tendo isso em vista, podemos concluir que os métodos para acalmar o cão são tão vastos quanto às possibilidades de sua personalidade. Então, o primeiro passo em acalmar o seu cão para ressocializá-lo está em entender suas necessidades emocionais e dar a ele o conforto que precisa.
Então, vamos conhecer alguns métodos interessantes para ressocializar o seu cão?
Música
Pois é, os cães têm as suas respostas para a música também. Procure na internet algumas músicas especiais para acalmar cães, isso pode ajudar a acalmá-lo e também pode auxiliar no processo de ressocialização.
Aromaterapia
O contato físico do dono já acalma o cão por natureza. Agora, imagine fazer um carinho, na verdade uma massagem, bem gostosa usando sprays de bálsamo entre outros óleos essenciais? Isso sim que é calmaria! Mas quando for utilizar esta técnica procure passar os óleos nas costas ou em locais onde ele não consiga alcançar ou lamber.
Vamos passear?
Sim, os exercícios e passeios ao ar livre ajudam muito na qualidade do sono do seu cão e também auxiliam na liberação de toda a tensão que ele possui. No começo, o ato de passear pode ser difícil de ser realizado. O cão poderá “travar”, urinar-se, tremer muito, entre outros sintomas do medo. Mas depois de alguns dias fazendo esta atividade ele vai se sentir seguro e com muito prazer em realizá-la. Você vai ver, uma hora ele vai começar a pedir para passear com você.
Então, se o seu cão está com dificuldades de socialização ou com medos causados por um trauma que não sabemos, afinal o cãozinho não consegue dizer para a gente o que sente, tenha paciência e aplique essas técnicas. Com o tempo e caminhando sempre com muito carinho e fé que tudo vai dar certo, a ressocialização será a prova disso.
Este texto foi baseado também em experiências próprias, com a minha cachorra Raposinha, uma cachorrinha abandonada que:
Tinha sua feição desta maneira quando chegou em casa em 05/2016.
E dois meses depois estava assim:
Esta é sua foto no dia do meu casamento em 11/2018. A cachorra o lado é sua irmã, Pantera.
Elas entraram com as alianças!